Serra Talhada é destino obrigatório para quem quer conhecer história do cangaço


De todas as cidades do sertão pernambucano, a de história mais interessante - quase com certeza - é a de Serra Talhada. A notabilidade do município deve-se exclusivamente a um movimento - e a uma figura: o cangaço e Lampião. Foi naquele pedaço de terra que Virgolino Ferreira da Silva, personagem mais ambíguo da história nordestina, nasceu, viveu e fez história. Para o bem ou para o mal, Lampião foi conhecido. O maior cangaceiro da história foi herói, vilão - ou nenhum dos dois. Certo é que a ele não se fica indiferente.


"Lampião foi herói, mas também foi bandido. É preciso entender ele com essas duas visões. É um dos homens mais importantes da região nordestina", diz Edilson Leite, guia turístico.


É exatamente este o mote do museu do cangaço, de onde Edilson é guia, de Serra Talhada: "Lampião, nem herói, nem vilão". De acordo com ele, são cerca de 20 visitantes diários ali. "Vem muita gente aqui, na última semana, recebemos um casal de italianos e dois russos", afirma Leite, que acredita que deve expandir ainda mais a visibilidade do cangaço nos próximos anos, com a realização da Copa da Mundo e das Olimpíadas no Brasil.


O passeio turístico pela cidade inclui, além do museu, onde estão artigos raros da história do movimento, também uma ida ao sítio onde Virgolino nasceu. Hoje, a casa é - também um museu - mantido pelo grupo Cabras de Lampião. Serra Talhada também é conhecida por ser a capital brasileira do xaxado.

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