Sertanília relê com modernidade a cultura sertaneja

(Por Fábio Bittencourt, do Correio) Formado há dois anos em Salvador, o grupo Sertanília tem nas sonoridades e manifestações culturais do sertão - baiano e pernambucano - a inspiração para uma música universal. Idealizado pelo compositor, violonista e produtor musical Anderson Cunha, 39 anos, e composto também por Aiace Félix (vocais) e Diogo Flórez (percussão), a banda lança o independente disco de estreia, Ancestral. “Cantamos o sertão ancestral, daí o nome do disco. Não o caricato, do chapéu de couro. Partimos da pesquisa in loco de uma cultura peculiar e preservada, devido ao grau de isolamento da região, em que os costumes são bastante distintos do litoral. O sertão é muito misturado, rico, uma reunião das três identidades que formam a brasileira: a negra, a indígena e a europeia”, destaca Anderson Cunha. Nascido em Bom Jesus da Lapa e criado entre Caetité e Guanambi - municípios que formam o alto sertão do sudoeste baiano -, Anderson é um entusiasta da c...