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Mostrando postagens de maio, 2012

Por que Lampião era chamado de Capitão?

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Muito curiosa a história de sua patente de oficial do exército, obtida do governo federal. No início do ano de 1926, a Coluna Prestes percorria o Nordeste em sua peregrinação revolucionária, trazendo apreensão aos governantes e colocando em risco a segurança da nação, segundo avaliação do governo central. Em meados de janeiro, estavam prontos para entrar no Ceará. A tarefa de organizar a defesa do estado coube, em parte, a Floro Bartolomeu, de Juazeiro. A influência de Floro, perante todo o país, devia-se ao seu estreito relacionamento com o Padre Cícero Romão. Por sugestão do Padre Cícero, só havia em todo Nordeste uma pessoa que poderia combater a Coluna e sair-se bem da empreitada. Indicou então o nome de Virgulino. Padre Cícero e Floro Bartolomeu Floro reuniu uma força de combate, composta, em sua maioria, de jagunços do Cariri. Os Batalhões Patrióticos, como foram chamados, ganharam  armas dos depósitos do exército, porque tinham apoio material e financeiro do governo fe

Deputado propõe mínimo a ser aplicado em Cultura

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 458/2010, de autoria do deputado federal Dr. Ubiali (PSB-SP), torna obrigatória a aplicação de nunca menos que 3% do orçamento municipal no setor de Cultura. Segundo texto da PEC 458/2010, todo Município, independente do tamanho geográfico ou do número de habitantes, terá de investir esses 3% em Cultura. Dados da Execução do Orçamento Siga Brasil do Senado Federal constatam que em 2011 o valor transferido pela União aos Municípios para investimentos em Cultura foi de apenas 3%. Portanto, o projeto em análise no Congresso Nacional pretende fazer com que o menor ente da federação invista o mesmo ou até mais no setor. A PEC 458/2010 tem parecer pela aprovação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, assinado pelo deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE). Se aprovada pelos demais integrantes da CCJC, vai para votação no Plenário da Casa. De acordo com o regimento, se aprovadas na Câmara serão analisad

Mandioca gigante em Vitória da Conquista

Na zona rural de Vitória da Conquista, um agricultor colheu uma mandioca de dois metros de comprimento. Seu João Rodrigues Santos é do distrito de Baixão de Inhobim e foi ao programa Domingão do Faustão, no dia 20 de maio, exibir a raiz para todo o Brasil.

1 ano de Luz de Fifó

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Há exatamente um ano era postado o texto de lançamento do blog Luz de Fifó ( O Senhor dos Cordéis ), com ele iniciávamos a labuta de propagar a cultura nordestina pela internet. Nesse mês já alcançamos a marca de 5.667 acessos, superando as marcas dos meses anteriores. Evolução do número de acessos (clique para ampliar) O blog nasceu como extensão do trabalho do professor Antonio Andrade, divulgador da literatura de cordel, das histórias sobre o cangaço e de toda cultura popular. Hoje, o nosso blog já chegou a diversos países e alcançou milhares de pessoas. Ultrapassamos a marca de 29 mil acessos em um ano e a cada mês recebemos mais visitas. As críticas e os elogios nos servem como contribuição e incentivo, já que não temos nenhum retorno financeiro por conta do blog. Estamos sempre buscando aprimorar o nosso trabalho, aperfeiçoar ainda mais o blog e abertos à colaborações. Postagens mais acessadas  (clique para ampliar)  Juntos continuaremos fazendo a divulgação da ric

Entrevista com o rapper Rapadura

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Entrevista publicada no jornal Brasil de Fato. A raiz nordestina no Hip Hop Com chapéu de palha, sandália de couro e falando “oxente” o rapper Rapadura resgata a raiz nordestina na cultura Hip Hop, e ganha destaque no cenário da música popular brasileira ( Por José Neto) Considerado pelo prêmio Hutuz 2009 o melhor artista do Norte/Nordeste do século XXI, o jovem cearense vem despertando a admiração de importantes figuras da música brasileira como Lenine, Marcelo D2, GOG, Mv Bill e Rappin Hood. A inusitada “embolada” do rap com o repente, o coco, o maracatu, a capoeira, o forró, o baião e as cantigas de roda, fazem dele um dos precursores do século de um movimento em defesa da cultura popular. Na integração do rap contemporâneo à música de raiz, suas letras exalam poesia em busca da identificação com o povo. “Muita gente acaba fazendo rap igual gringo e igual paulista, e se esquece da sua própria cultura. Se todo mundo parasse para analisar isso, se cada estado que tivesse a

TV Clube (PI) homenageia Luiz Gonzaga com programas especiais

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A TV Clube, afiliada da Rede Globo no Piauí, exibiu dois programas especiais em homenagem a Luiz Gonzaga: "A História", exibido dia 12 de maio, e “O legado”, em 19, fazem parte das homenagens ao centenário do “Rei do Baião”. Através dos programas, os telespectadores puderam conhecer a história e o grande legado deixado pelo eterno Gonzagão. Confira os programas, na íntegra, abaixo:

Luiz Gonzaga inspira a literatura popular desde a década de 1950

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A literatura popular em versos do nordeste do Brasil, hoje denominada literatura de cordel, já publicou inúmeros folhetos de cordel sobre Luiz Gonzaga, e outras personalidades célebres na região: Padre Cícero, Getúlio Vargas Delmiro Gouveia, Frei Damião, João Paulo II. Depois da morte de Luiz Gonzaga, em 2 de agosto de 1989, houve uma verdadeira explosão na produção de folheto de cordel sobre o Rei do Baião, e na internet hoje existe grande biblioteca eletrônica sobre o assunto, alimentando sites, blogs, facebook. Vem de longe o interesse dos poetas populares pelo Rei do Baião. A primeira biografia dele, Zé Praxedes Apresenta Luiz Gonzaga e Suas Poesias, de 1952, de autoria do poeta popular norte-rio-grandense e declamador José Praxedes, é escrita em versos igual a qualquer folheto de cordel, embora versos matutos. Em 1957, o poeta popular Manuel d’Almeida Filho publicou um folheto O Baú de Carolina, inspirado no personagem de uma música de sucesso de Luiz Gonzaga, O Chêro de C

Cinco anos sem Marinês

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Inês Caetano de Oliveira nasceu na cidade de São Vicente Férrer no interior de Pernambuco. Ainda criança ela veio morar com os pais em Campina Grande, onde despontou para a música. As primeiras tentativas para se tornar uma cantora do rádio começaram no final da década de 1950, participando de concursos de calouros em um serviço de alto falantes do bairro da Liberdade. Mas a primeira grande oportunidade veio através da rádio Cariri quando ela participou de um programa de calouros concorrendo com Genival Lacerda e os dois ficaram em primeiro lugar. Para participar desse concurso ela teve que mudar o nome para que os pais não soubessem que ela estava cantando no rádio (naqueles tempos a profissão de cantora não era bem vista). Foi quando surgiu Marinês. No ambiente do rádio ela conheceu o sanfoneiro Abdias, com quem casou e formou um grupo de forró para tocar pelo nordeste. Nestas andanças o grupo conheceu o rei do baião Luiz Gonzaga, que ficou encantado com o talento dela e

Conheça Bule-Bule do Sertão

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Prefeitura de Conquista increve para o Festival do Forró até dia 30 de maio

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A Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, vai realizar o 3º Festival de Forró de Vitória da Conquista. Serão mais de R$12 mil em prêmios, e as inscrições podem ser feitas gratuitamente até o dia 30 de maio, na Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, situada na Rua Coronel Gugé, nº 395, Centro. Entre segunda e sexta feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. O Festival do Forró tem como objetivo principal fomentar a produção musical em âmbito local e regional e valorizar o autêntico forró pé de serra, estimulando o potencial criativo e produtivo de músicos, compositores e intérpretes. Qualquer músico, compositor ou intérprete pode se inscrever gratuitamente no Festival de Forró. A música inscrita não pode ter sido lançada, em CD ou DVD, por gravadora ou selo nacionalmente conhecido. No início de junho, em datas que serão definidas pela Comissão Organizadora, os candidatos participarão de três fase

Seca histórica gera guerra por água no sertão do Nordeste

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Reportagem de O Globo (12/05/12) FLORESTA (PE), TERESINA E SALVADOR - Considerada a pior dos últimos 50 anos em alguns estados do Nordeste, a seca está provocando um confronto que só se imaginaria no futuro: a guerra pela água. Em Pernambuco, essa luta já começou com tiros, morte e exploração da miséria. Protestos desesperados são registrados não só lá, mas em várias regiões do semiárido, onde a estiagem já se alastra por 1.100 municípios. A população pede providências imediatas dos governos para amenizar os efeitos devastadores. A situação só não é pior já que as famílias contam com os programas sociais, como o Bolsa Família. Como observam agricultores, a preocupação no momento é maior com os animais, que estão morrendo de sede e fome, do que com as pessoas. Na beira das estradas que conduzem ao sertão, o verde não mais existe. Ao longo das BRs 232 e 110, em Pernambuco, carroças puxadas a jumentos magros tomam conta das margens em busca de água. Nos 100 quilômetros de extensão

Lampião encontra Eike Batista

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A banda carioca El Efecto apresenta um registro da música, ainda não finalizada, O encontro de Lampião com Eike Batista. Só bebendo muito na literatura de cordel para imaginar um momento histórico como esse: o rei do cangaço com o rei dos garimpos. Vale a pena conferir esse tão inesperado encontro.

Documentário O Homem Que Engarrafava Nuvens

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Confira o filme completo, sobre Humberto Teixeira - um dos grandes parceiro de Luiz Gonzaga, abaixo:  

Festival da Juventude: Cultura popular é tema de destaque em roda de conversa

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(da Secom/PMVC) Um bate-papo descontraído, ao som de música, versos, repentes e literatura de cordel, marcou a realização da roda de conversa “Tradição e Cultura Popular”, realizada na manhã deste sábado, 5 de maio, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Uesb, como parte da programação do 1º Festival da Juventude de Vitória da Conquista. Durante a roda de conversa, participantes discutiram sobre a necessidade da valorização da cultura popular, literatura de cordel e sobre a relação que o tropeirismo teve na formação da cultura de Vitória da Conquista. “Trouxemos temas polêmicos, provocativos na intenção de despertar o olhar e a sensibilidade da juventude para que ela vá a campo continuar esse debate e para que isso ascenda políticas públicas”, declarou a historiadora e coordenadora da ONG Carreiro de Tropa, Maris Stella Schiavo. Para o cantador e cordelista Maviael Melo, o espaço de debate proporcionado pelo Festival da Juventude de Vitória da Conquista é um importante

Desabafo de Caboclo por Onildo Barbosa

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Onilbo Barbosa, paraibano, porém radicado em Vitória da Conquista (BA), destacado poeta popular, repentista e contator de causos, declama nesse vídeo Desabafo de Caboclo.

O Justiceiro do Norte

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Texto retirado do blog  http://www.rouxinoldorinare.blogspot.com.br/ O Justiceiro do Norte, épico de Rouxinol do Rinaré  "O homem valente e justo Do berço já traz o tino E tendo fibra e coragem Traça o seu próprio destino Como se deu nas andanças Do herói Pedro Justino." A poesia Épica não morreu, está na origem da literatura de vários povos, para atestar o fato de que, na América pré-cabralina, havia uma cultura cuja tradição, embora ágrafa, encontrava-se assentada sobre os patamares histórico e mitológico, com um conjunto de narrativas de caráter epopéico, mas a chegada do europeu estabeleceu um corte cultural, irreparável no tempo. As narrativas autóctones cederam lugar às narrativas ibéricas, romances de cavalaria, autos de Gil Vicente, à épica camoniana. Só com Gregório de Mattos, sobre o cadáver indígena, haverá a primeira experiência da poesia “morena”, sem o elemento épico, porém, que só será retomado no Romantismo, com o redescoberto S