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Mostrando postagens de 2013

Um Cordel sobre o Natal

Textos: Euriano Sales Ilustrações: Meg Banhos

Escolas de cidade no interior de SP ganham rapadura na merenda

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Novidade no cardápio escolar agradou a criançada e os nutricionistas. Nova sobremesa faz parte de programa para incentivar agricultura familiar. As escolas de Paraibuna, no interior de São Paulo, ganharam uma novidade na merenda. Agora os alunos comem rapadura uma vez por semana. As crianças aprovaram, mas e os nutricionistas? A novidade no cardápio agradou a criançada. A rapadura é servida aos alunos uma vez por semana, como sobremesa. A porção é pequena, de 20 gramas, mas segundo a nutricionista é suficiente para prevenir a anemia, fortalecer os ossos e dar energia depois do almoço. “Para a criança na sala de aula ela é muito boa, porque ela é uma fonte de energia muito boa e é bem rica em magnésio, ferro, cálcio, vitaminas do complexo b e vitamina a”, afirma Neela Macedo. A nutricionista lembra que as crianças não devem abusar da rapadura e nem esquecer da higiene bucal. “Como qualquer tipo de doce, a criançada tem que escovar os dentes depois sim”, ressalta. A nova sob

Ameaçado de extinção, umbuzeiro depende de investimento e pesquisa

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Árvore é única no mundo e concorre com criação de animais no nordeste, segundo especialistas. Mas pesquisas e investimentos para aumentar exportação procuram salvar a planta típica do nordeste do país. Batizado pelo escritor brasileiro Euclides da Cunha (1866 - 1909) como a "árvore sagrada do Sertão", o umbuzeiro corre risco de extinção na sua terra natal, o semi-árido brasileiro (nordeste). Devido a esse alerta feito por especialistas, organizações locais e nacionais trabalham para estimular a preservação e a exportação do umbu, uma planta que só cresce na caatinga, uma paisagem exclusivamente brasileira. Extrair o fruto dessa planta única no planeta significa uma forma de sobrevivência para muitas comunidades nordestinas. "É uma das únicas fontes de renda para mais de 200 famílias" no âmbito de uma cooperativa no Estado nordestino da Bahia, exemplifica Avay Miranda, gestor de projetos da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investime

Black Blocks se inspiram em Lampião

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Mensagem postada pelo grupo do Rio Grande do Norte, na sua página no Facebook, em julho desse ano mostra que o cangaço e o seu líder mais famoso é referência para as ações promovidas pelos mascarados que transgridem as leis ao pautar causas sociais.

Filme reedita a maledicência de Cuíca de Santo Amaro

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Por João Carlos Sampaio (A Tarde) O personagem Cuíca de Santo Amaro, alcunha do poeta popular e propagandista Jorge Gomes, está longe de ser unanimidade. Ao contrário, ainda é lembrado por sua maledicência, por usar seus versos para chantagens, mas também por ter se tornado, entre 1930 e 1964, a voz da vida cotidiana de Salvador. O principal desafio dos realizadores Josias Pires e Joel de Almeida diante do personagem está no fato de que apesar de importante, ele é controverso. Dele sobram muitas lendas e poucas imagens, tanto que sua vida pessoal é minúscula. Mesmo sua literatura, contestada por cordelistas, perdeu-se ao longo dos anos. Neste aspecto, a teimosa realização do filme já é uma vitória, vital para a reconstituição do imaginário da Bahia do século 20. Melhor ainda que Pires e Almeida não se contentaram apenas com entrevistas (falas que vão do cantor Chocolate da Bahia ao político Waldir Pires, passando por Mário Cravo Jr., Capinam e Mino Carta), mas cuidaram de al

Sancionada lei que reconhece a profissão de vaqueiro

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Foi sancionada a Lei 12.870 que reconhece a profissão de vaqueiro no Brasil e dispõe sobre o exercício desta atividade, pela presidente Dilma Roussef, nesta quarta-feira, 16 de outubro, informou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). As regras estavam previstas no Projeto de Lei da Câmara (PL) 83/2011, aprovado em setembro no plenário do Senado Federal. Ficou definido como uma das atribuições dos vaqueiros a realização de tratos culturais em forrageiras, pastos e outras plantações para ração animal. Estão entre as atribuições dos vaqueiros cuidar da saúde de bovinos, bubalinos, equinos, muares, caprinos e ovinos, assim como alimentá-los e ordenhá-los. Também estão entre suas atribuições a manutenção das instalações dos animais, além do treinamento e prepará-los para eventos culturais e socioesportivos, garantindo que não sejam submetidos a atos de violência, estão entre as funções definidas na lei. A lei define ainda, em seu artigo 4º, que a contratação dos va

CORDEL: Dominguinhos encontra Gonzagão

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Caricaturas de Nei Lima (enviadas pelo autor) O poeta Stélio Torquato Lima nos envia em primeira mão seu novo folheto intitulado O ENCONTRO DE GONZAGÃO E DOMINGUINHOS NO CÉU, um trabalho muito bom, como tudo o que ele tem produzido ultimamente. Não vamos publicá-lo na íntegra para não prejudicar a venda do folheto. Seguem alguns trechos do referido cordel: Enquanto o Nordeste chora A morte de Dominguinhos, No céu há uma grande festa, Pois um coro de anjinhos Dá ao mestre as boas-vindas, Em meio a canções tão lindas, Qual som de mil passarinhos. Zé Domingos de Morais, O arretado sanfoneiro, Nascido em 41, A 12 de fevereiro, Agradeceu com emoção Aquela recepção, Que o comoveu por inteiro. O filho de Garanhuns Viu passar logo em sequência Um filme em sua mente De toda a existência. Viu seu pai, mestre Chicão, Afinando acordeão Com bastante competência. Infância humilde, mas boa, Vivida com os dois manos. A sanfona de oito baixos

ARTIGO: O sertão e muito mais

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Luiz Gonzaga e as fronteiras do Nordeste Por ANTONIO RISÉRIO, publicado no jornal Folha de São Paulo de 20/10/2013 Costumo dizer que Luiz Gonzaga e Dorival Caymmi eram sociologicamente previsíveis. Não que fossem necessariamente acontecer, como efeitos de alguma lei inflexível que regesse as coisas do mundo. Mas porque os ambientes ecológicos e sociais eram propícios à aparição de um e do outro. Caymmi nasceu num recôncavo negro-mestiço impressionantemente aquático, pleno de orixás. Um espaço de praias, rios, jangadas, saveiros, marcado pela poesia e pela música do samba de roda e dos terreiros do candomblé. Não foi apenas por acaso que nasceu na Bahia, dona da maior fatia do litoral brasileiro, um poeta como ele --o raro e claro cantor das canções praieiras, cultivando um samba diverso do samba já estilizado do Rio de Janeiro. Gonzaga, por sua vez, nasceu entre jagunços e vaqueiros, na região da pecuária e da cultura do couro, marcada por longos períodos de seca. Era esp

"Últimos Cangaceiros" será exibido na Uesb

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O documentário de Wolney Oliveira, sobre os cangaceiros Moreno e Durvinha, será exibido na mostra de filmes que integra o III Congresso Nacional do Cangaço, na Uesb, no próximo dia 25 de outubro. Confira a sinopse e o trailer do filme abaixo. Os últimos cangaceiros Duração: 79 min. Ano: 2011 Produção: Bucanero Filmes. Sinopse: Durante mais de meio século Durvinha e Moreno esconderam sua verdadeira identidade até dos próprios filhos, que cresceram acreditando que os pais se chamavam Jovina Maria da Conceição e José Antonio Souto, nomes falsos sob os quais haviam reconstruído suas vidas. Durvinha e Moreno fizeram parte do bando de Lampião, o mais controverso líder do cangaço. A verdade só é revelada quando Moreno, então com 95 anos, resolveu dividir com os filhos o peso das lembranças e reencontrar parentes vivos, entre eles seu primeiro filho, deixado aos cuidados de um padre, mais de cinco décadas atrás. O longa será comentado por Enrique Hernandez.

Programação completa do III Congresso Nacional do Cangaço

CONFERÊNCIAS Abertura - 22/10/2013  l  Teatro Glauber Rocha l  20:00h “Se vier, que venha armado: cangaceirismo e masculinidade como definidoras das identidades sertaneja e nordestina” Dr. Durval Muniz de Albuquerque Júnior Doutor em História (Unicamp) Professor do Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Lançamento de livro - Nordestino: invenção do 'falo': uma história do gênero masculino/1920-1940 (2ª ed., São Paulo, Intermeios, 2013). Encerramento - 25/10/2013  l  Teatro Glauber Rocha l  20:00h “O cangaço nas batalhas da memória” Dr. Antônio Fernando de Araújo Sá Doutor em História (UnB) Professor do Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Lançamento de livro - O cangaço nas batalhas da memória (Recife, Editora da UFPE, 2011). MESAS-REDONDAS As mesas-redondas serão realizadas, na UESB, no período noturno e matutino. MR 1 – História e historiografia do cangaço 23 (quarta) l Auditório 1 - Mód

Agenda da semana

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Leandro Gomes de Barros para download

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Antonio Silvino: o rei dos cangaceiros, A História da Donzela Teodora, A História do Cachorro Morto, O Valor da Mulher e outros títulos de Leandro Gomes de Barros estão disponíveis para download no portal Domínio Público. Leandro foi pioneiro na produção literária de cordel no Brasil. Paraibano de Pombal, Leandro Gomes de Barros escreveu mais de 600 títulos, das quais foram tiradas mais de 10 mil edições. Chegou a ter sua gráfica própria e sua obra continuou sendo editada pela família mesmo após sua morte. É considerado, por muitos, o maior poeta brasileiro, admirado por escritores e poetas famosos como Carlos Drummond de Andrade e Ariano Suassuna. Clique no link para acessar: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=1987

Morte e Vida Severina em desenho animado

Morte e Vida Severina em Desenho Animado é uma versão audiovisual da obra prima de João Cabral de Melo Neto, adaptada para os quadrinhos pelo cartuinista Miguel Falcão (arte) e Afonso Serpa (direção). Preservando o texto original, a animação 3D dá vida e movimento aos personagens deste auto de natal pernambucano, publicado originalmente em 1956. Em preto e branco, fiel à aspereza do texto e aos traços dos quadrinhos, a animação narra a dura caminhada de Severino, um retirante nordestino, que migra do sertão para o litoral pernambucano em busca de uma vida melhor.

O Massacre de Angico: a morte de Lampião

Magnífico espetáculo ao ar livre, escrito por Anildomá Willans e dirigido por José Pimentel. Retrata os últimos momentos de Virgolino Ferreira, Lampião e consequentemente o fim do próprio cangaço. Uma mega produção encenada na terra natal de Lampião, Serra Talhada - PE. Realizado entre os dias 25 e 29 de julho de 2012. (C) Fundação Cultural Cabras de Lampião. Direção de vídeo: Camilo Melo.

Morre Candeeiro, último cangaceiro de Lampião

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Morreu nesta quarta-feira o último cangaceiro do bando de Lampião, Manoel Dantas Loiola, de 97 anos, mais conhecido como Candeeiro. Ele faleceu na madrugada de hoje no Hospital Memorial de Arcoverde onde estava internado desde a semana passada, após sofrer um derrame. O sepultamento está marcado para as 16h, no cemitério da cidade de Buíque. Pernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), Manoel ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirmava que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto. No final da vida, atuava como comerciante aposentado na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Atendia pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né. No primeiro combate com os "macacos", quando era chamado de Candeeiro, foi ferido na coxa

Cordel e cantoria numa ópera do sertão

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Arte de Juraci Dórea 30 anos depois de ter sido gravado em disco na sala de visitas da Casa dos Carneiros, o Auto da Catingueira, volta ao mesmo lugar, desta vez no Teatro Domus Operae, para encenação operística. Vitória da Conquista marca a estréia estadual e é a primeira cidade no Brasil a receber o espetáculo após o lançamento nacional em 2011, em Belo Horizonte. O Auto da Catingueira é uma ópera em cordel completamente diferenciada da ópera clássica européia. Conta história de uma moça muito bonita que vivia a pastorar cabras pelos ermos da caatinga, em tempos mui pretéritos – não se sabe quando. Videntes e cegos cantadores de feira diziam que esta beleza lhe traria um fim precoce e terrivelmente trágico. Quando já “arranchada” com o tropeiro Chico das Chagas que conhecera numa véspera de São João, vão à uma festa onde e quando a tragédia vai se dar cumprindo a agoureira sentença do oráculo das feiras. Participam dessa montagem os cantadores Miltinho Edilberto, Pereira da V

Valeu, Seu Domingos!

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O povo nordestino sentirá sua falta, mas quando a saudade bater sua música vai tocar mais forte por aqui. Descanse em paz.

Yamandu Costa e Dominguinhos

Gravado pela TV Cultura em 2007, o encontro da dupla Yamandu e Dominguinhos no Auditório do Ibirapuera em SP.

90 anos do romance do Pavão Misterioso

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2013 marca os 90 anos do maior êxito da literatura de cordel brasileira: o Romance do Pavão Misterioso, de autoria de José de Camelo de Melo Resende. A data passaria em branco não fosse o empenho do pesquisador e apologista José Paulo Ribeiro, de Guarabira (PB), e do professor e historiador Vicente Barbosa, idealizador da 1ª Exposição de Cordel de Guarabira. Este texto conta um pouco dessa história começada pelos idos de 1923 (Marco Haurélio).  Por Vicente Barbosa (Portal Vermelho) Preservar e divulgar as riquezas das tradições populares configura-se em um sentimento que deve ser exaltado por cada povo, como forma de garantir a sobrevivência e a plenitude de sua própria identidade. O Nordeste brasileiro é destaque quando se trata do tema Cultura Popular e suas diversas formas de manifestações, dentre elas destacamos a Literatura de Cordel. Essa forma de narrativa oriunda da Península Ibérica, que aqui chegou pelas mãos dos colonizadores portugueses, ganhou alma e corporificou-

Segunda edição do jornal Cancão de Fogo

Homenageados: Pinto do Monteiro e Zé Dantas. Confira!

Revolucionários em Cordel

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Por Cynara Menezes - no blog Socialista Morena A tradição da literatura de cordel remonta ao século 15. Foi trazida ao Brasil pelos portugueses e, no Nordeste, acabou virando a mais autêntica forma de literatura sertaneja, com suas capas impressas em xilogravura. À venda nas feiras, nos livrinhos de cordel se encontram praticamente todos os personagens da história do Brasil e do mundo. Em Vitória da Conquista (BA), achei estes exemplares que contam a vida de alguns revolucionários famosos. Quero compartilhar com vocês imagens e versos desta arte que é a cara do Brasil. Leiam com viola aos ouvidos… Mário Téran, um sargento Pra o ato se ofereceu Félix Rodriguez da CIA Mais uma ordem lhe deu E explicou o porquê: O alvo é o tórax, pra que Pensem que em luta morreu. No dia nove de outubro Do ano sessenta e sete À uma hora da tarde Triste fato se repete Che Guevara assassinado Seu nome imortalizado E a notícia era manchete. --- A denúncia de Miranda Secretário do

Casa do Cordel é destaque na Vila Junina

Vila Junina: Casa do Cordel celebra cultura popular

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A cultura popular nordestina é grande estrela do Forró Pé de Serra do Periperi. Para celebrá-la, a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista montou na Praça Tancredo Neves uma vila que relembra diversos aspectos da cultura popular. Casinhas de barro, comidas típicas, música e literatura de cordel ajudam a compor a Vila Junina, posicionada estrategicamente em frente ao Memorial do Forró. A casa do cordel é uma das atrações da vila. No local ficam expostos livretos de poesia, a maior parte, escritos por autores nordestinos, imagens de xilogravura, artesanato, referências ao cangaço e fotos de grandes representantes da cultura nordestina, a exemplo de Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré. O responsável pela casa, Antônio Andrade, conta aos visitantes curiosidades sobre a arte nordestina. “O cordel floresceu aqui no Nordeste do Brasil. A presença do cordel em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília se deve ao processo migratório de nordestinos, mas é uma produção eminentemente do norde

Livro: Lampião e Lancelote

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Em "Lampião e Lancelote" acontece um encontro inusitado: um cavaleiro medieval desafia um cangaceiro do Nordeste. Para o primeiro é uma justa e para o segundo um duelo. Porém, o embate é sobretudo cultural. Nas linguagens do cordel e da novela de cavalaria, Lampião e Lancelote disputam quem faz o melhor repente, cada um com suas referências. O cavaleiro Lancelote, o melhor da Távola Redonda do Rei Arthur, desafia Lampião, o cangaceiro mais famoso do Nordeste Brasileiro. O autor Fernando Vilela encontrou, no entanto, pontos análogos e relações entre esses mundos, e Bráulio Tavares, autor da adaptação para o teatro, manteve esses elementos na dramaturgia. Os dois heróis retratados neste livro são acompanhados por personagens míticos e históricos como Morgana e Maria Bonita Os personagens da adaptação teatral No teatro, a encenação é caprichada e moderna com uma montagem que, além de valorizar a cultura brasileira, encanta tanto pela beleza estética e literária - ins

Filme: Central do Brasil

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Para comemorar o dia do cinema nacional (19 de junho), assista a "Central do Brasil", um longa de Walter Salles, de 1998, com roteiro de Marcos Bernstein e João Emanuel Carneiro. O filme foi inspirado em Alice nas Cidades, de Wim Wenders.

O mal e o sofrimento por Leandro Gomes de Barros

Se eu conversasse com Deus Iria lhe perguntar: Por que é que sofremos tanto Quando viemos pra cá? Que dívida é essa Que a gente tem que morrer pra pagar? Perguntaria também Como é que ele é feito Que não dorme, que não come E assim vive satisfeito. Por que foi que ele não fez A gente do mesmo jeito? Por que existem uns felizes E outros que sofrem tanto? Nascemos do mesmo jeito, Moramos no mesmo canto. Quem foi temperar o choro E acabou salgando o pranto?

Clã Brasil: forró bom que chega!

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Analisar o grupo Clã Brasil é fugir da metáfora sem destrancar-nos da poesia. Realidade cristalina, as meninas que formam esse núcleo de sublime construção musical são ao mesmo tempo doces, amorosas e guerreiras. São flores que têm lá seus espinhos guardiões da sua compreensão musical: a defesa inegociável das legítimas tradições estéticas oriundas de mestres como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Antônio Barros, Jacinto Silva, Gordurinha, Elino Julião, entre outros. Levemos em conta também o fato de que o quarteto fantástico não caiu na pauta musical de pára-quedas. As quatro garotas são estudiosas, freqüentam os bancos acadêmicos e têm plena noção de teoria e prática na arte que escolheram por empunhar como suas espadas de peso justo. Não devemos ouvi-las com mas-mas e nem poréns. Devemo-las sagrar como realidade, conscientes de que é uma realidade que ainda evoluirá bastante, e que, excetuando mudança de ventos, será uma realidade nacional e, quiçá, internacional. Jovens, si

Conheça o sucesso do Facebook: Bode Gaiato

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De Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco A fórmula de sucesso reúne pelo menos três ingredientes: uma imagem tosca, frases entrecortadas e o resgate de diálogos arquivados no imaginário nordestino. A combinação se tornou combustível para a explosão de memes (brincadeiras via web) no Facebook com o poder de reavivar e disseminar traços da cultura oral e dos costumes da região. As timelines (linhas do tempo) dos usuários da rede social viraram espaço para risadas ao sabor de produções tocadas por uma turma jovem e imbuída do espírito de fazer humor a partir de situações experimentadas por todos, mas, até agora, nunca reunidas e atiradas diariamente diante dos olhos de quem as vive. Uma das páginas mais conhecidas, a do Bode Gaiato , é um exemplo bem-sucedido. Criada há apenas cinco meses, já superou a marca de 745 mil curtidas - nos últimos 15 dias, ganhou mais de 400 mil seguidores. Os números deslumbram o internauta Breno Melo, de 19 anos , dono do perfil que virou febre e i

Por que Santo Antonio é considerado santo casamenteiro?

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Reza a lenda que, certa vez, em Nápoles, havia uma moça cuja família não podia pagar seu dote para se casar. Desesperada, a jovem – ajoelhada aos pés da imagem de Santo Antônio – pediu com fé a ajuda do Santo que, milagrosamente, lhe entregou um bilhete e disse para procurar um determinado comerciante. O bilhete dizia que o comerciante desse à moça moedas de prata equivalentes ao peso do papel. Obviamente, o homem não se importou, achando que o peso daquele bilhete era insignificante. Mas, para sua surpresa, foram necessários 400 escudos da prata para que a balança atingisse o equilíbrio. Nesse momento, o comerciante se lembrou que outrora havia prometido 400 escudos de prata ao Santo, e nunca havia cumprido a promessa. Santo Antônio viera fazer a cobrança daquele modo maravilhoso. A jovem moça pôde, assim, casar-se de acordo com o costume da época e, a partir daí, Santo Antônio recebeu – entre outras atribuições – a de “O Santo Casamenteiro”. Outra história que envolve a fama

Lampião no mundo das celebridades

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Por Ancelmo Gois* Octavio Iani (1926/2004), considerado um dos fundadores da sociologia no Brasil, tem um belo estudo sobre tipos e mitos do pensamento brasileiro. Para ele, o Brasil pode ser visto ainda como um país, uma sociedade nacional, uma nação ou um Estado-não nação em busca de um conceito. É neste processo de buscar uma cara que florescem as figuras e as figurações, os mitos e as mitificações de "Lampião", "Padre Cícero", "Antonio Conselheiro", "Tiradentes", "Zumbi" e outros, reais e imaginários. No caso de Tiradentes, nosso herói maior, a propaganda republicana, na ausência de um retrato feito por alguém que realmente o tivesse conhecido pessoalmente, o pintou como Cristo. Aquelas barbas podem ser pura imaginação do retratista, já que naquela época, como em alguns lugares hoje, preso não podia deixar crescer barba ou cabelo por causa dos piolhos. Com Lampião, o processo de mitificação  é interminável. Afinal, ele é  fi

Cordel "Coco-Verde e Melancia"

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Para o dia dos namorados, o romance de José Camelo de Melo Resende: "As grandes Aventuras de Armando e Rosa ou O Coco Verde e a Melancia" Coco-Verde e Melancia é uma história que alguém quer sabê-la mas não sabe o começo de onde vem nem sabe os anos que faz pois passam trinta de cem Coco-Verde era filho de Constantino Amaral morador no Rio Grande mas fora da capital pois sua casa distava meia légua de Natal Porém seu nome era Armando como o povo o conhecia mas a namorada dele essa tal de Melancia a ele por Coco-Verde chamava e ninguém sabia Então dessa Melancia Rosa era o nome dela porém Armando em criança se apaixonando por ela para poder namora-la pôs esse apelido nela Portanto, seu nome é Rosa seu pai Tiago Agostinho de origem portuguesa do pai de Armando vizinho seus sítios eram defronte divididos num caminho Quando Rosa fez seis anos e Armando a mesma idade os pais de ambos trouxeram um professor da cidade para instruir as cria