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Mostrando postagens de março, 2012

Virgulino, o Rei do semiárido

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Millôr Fernandes (1924-2012)

J. Borges: O artista do sertão

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Reportagem publicada em 2002 na revista Época Quase sem estudo e autodidata na arte, o pernambucano J. Borges comove o mundo com imagens dos folhetos de cordel (por EDUARDO BURCKHARDT) As paredes empoeiradas de um ateliê à beira de uma estrada de chão no município de Bezerros, no agreste pernambucano, estão abarrotadas de obras de arte que já dividiram espaço no Museu do Louvre com Leonardo da Vinci e Botticelli. Sentado numa banqueta capenga de madeira, José Francisco Borges, de 66 anos, o autor das peças, espreita os visitantes como um matuto cabreiro. Ninguém desconfia que ele é um dos artistas folclóricos mais celebrados da América Latina. Apenas em uma turnê, J. Borges, como ficou conhecido, percorreu 20 países europeus. Neste ano, foi tema de uma reportagem no jornal The New York Times. Apontado como um gênio da arte popular, teve um lote de xilogravuras de sua autoria arrematado por US$ 30 mil num leilão nos Estados Unidos. O dinheiro, no entanto, não foi para o bolso do

Em especial ao cearense Chico Anysio

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Uma ilustração (por Amarildo - chargista do jornal A Gazeta de Vitória-ES) Uma charge animada (do Mauricio Ricardo, no charges.com) Uma poética crônica Mundo Moderno  , do próprio Chico (leia aqui  ou confira no vídeo abaixo) Uma música (da banda Mastruz com Leite, composta por Renato Moreno) Um cordel CHICO ANYSIO NO CÉU por Stélio Torquato Lima (publicado no blog Acorda Cordel ) A brisa é que revelou O causo que ora conto. Eu ri tanto da história, Que até mesmo fiquei tonto. Agora, sem perder tempo, Conto-lhes tudo de pronto. Disse a brisa que no céu Chegava uma multidão, Quando um anjo que guardava O celestial portão, Saiu dali numa corrida E com grande aperreação. Sendo ele estagiário, Não sabia como agir Diante da multidão Que chegava ao porvir E batia no portão, Pedindo pra ele abrir. Ligeiro, ele bateu Na porta do escritório Onde Rafael, o chefe Cuidava de um relatório, Pois São Pedro se encontrava A

Poetas do repente

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Documentário de domínio público acerca da tradição nordestina da poesia de repente. Confira:

Celebração das Culturas dos Sertões acontece em maio na Bahia

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O escritor Ariano Suassuna está confirmado na programação A Secretaria de Cultura da Bahia – SECULT-BA promove no período de 6 a 11 de maio a Celebração das Culturas dos Sertões, em Salvador e Feira de Santana. O evento busca estimular a construção colaborativa de políticas culturais para os sertões e acolhe múltiplas expressões e manifestações das culturas sertanejas. A Celebração será aberta em Salvador no dia 5 de maio, com solenidade no Teatro Castro Alves. A partir do dia 6 de maio as atividades acontecem no Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de Santana. A programação será aberta com desfile de vaqueiros e aboiadores pelas ruas da cidade. “Estamos concluindo a programação, mas adiantamos que já temos importantes nomes confirmados, como Ariano Suassuna, para abrilhantar ainda mais o evento”, informa o coordenador do Núcleo do Sertão da Secult, Washington Queiroz. Já está confirmada a realização da exposição fotográfica “Imagens de Vaqueiros” e lançamento do filme “Rit

Um canto da gente

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A cidade de Vitória da Conquista, localizada no centro-sul do estado da Bahia (na beirada com as Minas Gerais), tem um cantinho especialmente voltado para as nossas raízes indígenas e nordestinas. Bem pertinho ao Monumento em homenagem ao índio, pode-se encontrar o melhor do artesanato brasileiro. São obras da família Vitalino, como de Vitalino Neto e Severino Vitalino - filho do famoso mestre de Caruaru (PE), xilogravuras de J. Borges, cordéis de diversos autores, como Leandro Gomes de Barros e Rouxinol do Rinaré, e muito mais. A Oca do Artesão reúne uma diversidade peças feitas de barro, madeira, couro, palha, sementes, papel machê, tecidos, renda filé e renascença. Na Oca ainda se encontra a cachaça de Lagedão, acessórios como bolsas e colares, como também brinquedos educativos, máscaras e dobraduras da técnica japonesa. Artesãos da cidade, como Paulo Messias, Daiane Ferraz e Nivaldo, também encontraram espaço na loja, que é, sobretudo, um incentivo e tanto para quem dedica-s

Viva Luiz: filme vai retratar a relação entre Gonzagão e Gonzaguinha

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“Quem foi minha mãe? Quem é meu pai?” Era esse o tipo de questão que Gonzaguinha fazia a Luiz Gonzaga durante a turnê “Vida de viajante”, em 1981 . Pai e filho tinham uma relação problemática e distante desde sempre, mas estavam excepcionalmente próximos, na época. As conversas ocorridas durante a excursão foram registradas em fitas cassete – e o material, alguns anos atrás, caiu na mão do diretor Breno Silveira, de “2 filhos de Francisco” (2005). “Quando ouvi as fitas, aquilo me emocionou. Eram perguntas muito contundentes”, explica o cineasta. “Eu senti logo que tinha uma história importante por trás disso tudo.”  Daí renasceu a ideia do longa sobre o rei do baião, projeto que o diretor alimentava há anos. “Gonzaga – de pai para filho” começou a ser filmado em dezembro do ano passado, no simbólico Marco Zero , no Recife, durante show em homenagem a Luiz Gonzaga – reproduzindo um show que Luiz Gonzaga teria feito na cidade no início da década de 1950. Além do Recife, Rio de J

Venda para a China cria campanha pró-jegue

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Proposta causa reação de defensores do animal, que vem sendo substituído pela moto no Nordeste  RECIFE - Com o recente anúncio de que os chineses pretendem importar 300 mil jumentos por ano do Nordeste ainda no campo das intenções, os protetores de animais e defensores do jegue começam a ganhar espaço na internet e blogs em protesto contra a negociação. No site Petição Pública, circula abaixo-assinado pedindo que os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente vetem o que consideram "verdadeira carnificina". "Por um tratamento digno aos jegues, que ajudaram a erguer muitas das grandes cidades nordestinas", defende. Já o site Acorda Cordel destaca "o massacre do jumento nordestino", com o poeta Cancão de Fogo conclamando os parceiros a se mobilizarem em defesa do "nosso irmão". Jô Oliveira o atendeu, propondo a campanha "Adote um jumento. O Menino Jesus lhe agradecerá". Os jumentos, companheiros do agricultor do semiárido nor

Cordel de Drummond vira espetáculo em Brasília

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O único cordel escrito por Carlos Drummond de Andrade, Estória de João Joana, foi montado como espetáculo musical em Brasília, para as comemorações ao Dia Internacional da Mulher. A dificuldade de ser mulher no sertão dos anos 1960 é o tema abordado pelo espetáculo. Os cantores Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Marina Lutfi e João Gurgel se juntaram a 80 músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, sob a regência do maestro Cláudio Cohen, e ao cineasta e compositor Sérgio Ricardo para a apresentação. A cantora Elba Ramalho destacou que o musical é também uma forma de preservação da obra do escritor brasileiro. “Eu venho fazer esse trabalho com muita alegria. É um cordel antigo, um poema de Carlos Drummond de Andrade, um poeta que eu admiro bastante, e as obras de qualidade a gente deve preservar”, comentou a intérprete. O espetáculo relatou a história verídica da vida de uma menina criada pela mãe como menino. A mãe acreditava que, daquela man

O contador de filme

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Uma linda celebração

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A música é típica do período natalino, mas a vida celebra-se em qualquer época, ainda mais com esta beleza de produção (em som e em imagens) que valoriza a cultura nordestina. O vídeo é integrante do DVD exclusivo da Luigi Bertolli, 4 Cantos. "Bate o Sino" foi gravada com músicos dos estados do Ceará (Fortaleza, Crato, Juazeiro e Juazeiro do Norte), de São Paulo (São Luiz do Paratinga e São Paulo) e da Bahia (Salvador), misturando tambores, sanfona, violas, guitarras e outros instrumentos. Confira!

Maria Bonita ganha papel principal

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Ela percorreu, por oito anos, os mais inóspitos cenários e lugares do Nordeste do Brasil, em meio aos cangaceiros do grupo de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, seu marido. Aventura e ousadia que lhe renderam o posto de “primeira-dama” do cangaço nacional, e, exatos 101 anos depois de nascida, ela se tornou referência e inspiração para a cultura e comportamento de muitas mulheres nordestinas e brasileiras. Nesta quinta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a vida de Maria Bonita ganha as páginas do livro-reportagem A dona de Lampião, da jornalista e coordenadora de pesquisa do Jornal do Commercio, Wanessa Campos, que será lançado, às 19h, no Centro Cultural Correios, no Bairro do Recife. Formada há 30 anos, Wanessa passou boa parte da carreira no jornalismo em editorias dedicadas ao interior do Estado. Foi aí que surgiu o primeiro contato com as informações sobre o cangaço, que lhe chamaram atenção e se transformaram em foco de pesquisa à qual ela se dedica até hoje

Juazeiro do Norte reedita cordéis

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José Lourenço é um dos autores das imagens que constarão nos livretos - FOTO: ELIZÂNGELA SANTOS Clássicos do cordel no Cariri vão receber novas edições com desenhos dos melhores xilógrafos em atividade na região Juazeiro do Norte - Os versos dos poetas do Cariri sobre a história e a religiosidade de Juazeiro do Norte ganharão capas de cordéis com xilogravuras produzidas pelos maiores nomes da arte contemporânea do Cariri. Serão dez xilógrafos que vão ilustrar 100 cordéis. O material faz parte de uma coleção que envolve 67 autores, sendo 27 clássicos. O trabalho seria lançado ainda durante a Semana Padre Cícero, que acontece este mês, durante a comemoração do aniversário do Padre Cícero, mas houve atrasos na confecção das xilos e na formalização dos direitos autorais. Os lançamentos fazem parte de projetos que foram desenvolvidos nas comemorações do centenário da cidade. O mais interessante é que se deu ênfase à tradição para a produção das capas dos livretos. Todas as xilos fora

Um hino à mulher

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O Luz de Fifó homenageia a todas as mulheres com essa belíssima canção de Zé Ramalho e Otacílio Batista, que fica ainda mais linda quando é interpretada por Amelinha.

Elas ousaram: Maria Bonita

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Maria Bonita nasceu no Dia Internacional da Mulher. Hoje, ela faria 101 anos. A primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros. Assim foi Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita. Nascida em 8 de março de 1911 numa pequena fazenda em Santa Brígida, Bahia e filha de pais humildes Maria Joaquina Conceição Oliveira e José Gomes de Oliveira, Maria Bonita casou-se muito jovem, aos 15 anos. Seu casamento desde o início foi muito conturbado. José Miguel da Silva, sapateiro e conhecido como Zé Neném vivia às turras com Maria. O casal não teve filhos. Zé era estéril. A cada briga do casal, Maria Bonita refugiava-se na casa dos pais. E foi, justamente, numa dessas “fugas domésticas” que ela reencontrou Virgulino, o Lampião, em 1929. Ele e seu grupo estavam passando pela fazenda da família. Virgulino era antigo conhecido da família Oliveira. Esse trajeto era feito com freqüência por ele. Era uma espécie de parada obrigatória do cangaceiro. Os pais de Maria Bonita go

Viola e poesia em dobro

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Quem é Xangai? Eugênio Avelino ou apenas Xangai é cantor, compositor e violeiro brasileiro, nascido em 1948 às margens do Córrego do Jundiá, afluente do Rio Jequitinhonha, na zona rural do município de Itapebi, no extremo sul da Bahia. Filho e neto de sanfoneiro, ainda aos 18 anos fixou-se com os seus pais na cidade de Nanuque, no norte de Minas Gerais. Xangai é descendente direto do bandeirante João Gonçalves da Costa, fundador do Arraial da Conquista, atualmente Vitória da Conquista. Viveu em Vitória da Conquista, na Bahia, de onde recebeu a influência que o tornou um cantor sertanejo, tendo como importante referência o menestrel Elomar Figueira. Xangai gravou o seu primeiro disco em 1976, "Acontecivento", com destaque para as músicas Asa Branca, Forró de Surubim e Esta Mata Serenou. Hoje, já soma dezesseis discos gravados, o último pela Kuarup, Estampas Eucalol (também em DVD), de 2006, com sucessos como Violêro, Cantiga de Amigo e kiukukaya. Apresenta na Rádi

Viva Luiz: Luiz Gonzaga e as mulheres

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Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado no próximo dia 8, duetos entre o Mestre Lua e as cantoras... Glorinha Gadelha Gal Costa Elba Ramalho Emilinha Borba Marlene Carmélia Alves