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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

O Bruto também ama?

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Texto do jornalista Glauber Lacerda, publicado em seu blog Fi de Zé , sobre o encontro com o rei do mau humor, o afamado Seu Lunga, no ano de 2008. Para encarar  o cearense mais ranzinza do mundo,  Glauber estava com o professor Antonio Andrade e o forrozeiro Andrade de Sertânia. Confira os vídeos no fim da postagem.  O sorridente Glauber e o velho Lunga, em Juazeiro do Norte (CE) A literatura de cordel tem o poder de construir mitos ao ponto de torná-los verdadeiros arquétipos*. Desta maneira, poetas e cantadores, em versos dos mais diferentes estilos, mitificaram Joaquim dos Santos Rodrigues, metamorfoseando-o no arquétipo de homem grosso, enfezado, bruto, pai d’égua, ignorante, “popêro”. Mesmo não sendo conhecido pelo nome de batismo e sem citar a alcunha imortal do sujeito, já dar para o leitor fazer uma fezinha certeira sobre o nome do cabra. Se ainda resta dúvida, o nome dele é Seu Lunga. Em Juazeiro do Norte (CE), nós – Glauber Lacerda (o sorridente da foto), Andrade Le

Unidos da Tijuca viaja pelo sertão de Luiz Gonzaga (confira fotos)

Salgueiro homenageia literatura de cordel e poetas populares (confira fotos)

Viva Luiz: primeiro a colocar o Nordeste no mapa da MPB

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Confira a coluna de Nelson Mota, no Jornal da Globo, exibida em 3 de fevereiro, sobre a música e o legado de Luiz Gonzaga, o rei do baião.

CORDEL: O Carnaval de Olinda e a Primeira Vez de Genésio

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(de José Honório ) A convite de Rodrigo Um primo muito legal Viajei quase três horas Com destino à capital Para ir até Olinda Conhecer seu carnaval. No Sábado de Zé Pereira (Lá se diz Sábado do Galo) Cheguei bem cedo no TIP E fiquei a esperá-lo E andei tanto lhe esperando Que no pé ganhei um calo. Quando o primo apareceu Já chegou agoniado Dizendo: - vamos, Genésio Que a gente está atrasado O Galo está já saindo - Eita folião danado! E ele tinha razão O galo não demorou É que na pressa, meu primo Num batente tropeçou Bateu com a testa no chão E nela um galo ganhou. Nós seguimos de metrô Para o centro da cidade Os vagões foram se enchendo De foliões de verdade Para chegar lá no Galo Era grande a ansiedade. Tinha gente pra dedéu Em tudo quanto é lugar Tinha até dentro do rio Você pode acreditar Nas ruas, um imprensado No céu, um sol de lascar. Já perto das duas horas O Galo fervia ainda

Enredos de escolas de samba homenageiam o Nordeste

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Por diferentes temas, escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo vão levar o Nordeste para a avenida neste carnaval. Os enredos irão, de alguma forma, lembrar a rica e diversificada cultura nordestina. Confira: Rio de Janeiro Unidos da Tijuca Homenagem a Luiz Gonzaga Enredo: “O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão” Desfile na segunda-feira, 20, 1h20*. Acadêmicos do Salgueiro Homenagem à Literatura de Cordel Enredo: “Cordel branco e encantado” Desfile na segunda-feira, 20, 23h10. Imperatriz Leopoldinense Homenagem a Jorge Amado Enredo: "Jorge, Amado Jorge" Desfile no domingo, 19, 23h10. Beija-Flor de Nilópolis Homenagem à cidade São Luís (MA) Enredo: "São Luís, o poema encantado do Maranhão" Desfile no domingo, 19, às 2h25. Portela Homenagem às Festas Baianas e à Clara Nunes Enredo: “E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual...” Desfile no domingo, 19, às 22h05. Re

Forró no verão é com Zelito Miranda

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Ele é o único forrozeiro a se apresentar em Salvador durante o verão, período em que as festas se voltam para os ritmos do carnaval de rua da capital baiano. Desafiando o axé e o pagode, Zelito Miranda tem público garantido em suas apresentações, tanto que se tornou uma das atrações da folia momesca. O forrozeiro se apresenta neste sábado de carnaval no bairro de Itapuã, a partir das 19h, com entrada gratuita. O evento da prefeitura Municipal, acontece no palco armado em frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã. Zelito vem realizando, há três anos, ensaios de verão no Parque da Cidade. Além de temperar o forró - misturando o rural e o urbano, com solos de sanfona, guitarra, zabumba, congas e pandeiros, Zelito conta com oito bailarinos em cena e 13 trocas de figurinos, em duas horas de show. Antes de se dedicar à música, Zelito atuou em espetáculos teatrais e em filmes. Músico, compositor e cantor, o poeta também assina como cordelista. É autor do cordel A Segund

Irmã de Lampião morre em SP aos 102 anos

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Maria Ferreira Queiroz, conhecida como dona Mocinha, morreu na tarde desta sexta-feira (10), em São Paulo, aos 102 anos. Ela era a única irmã viva de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião. Segundo a família, ela foi internada horas antes de falecer com problemas pulmonares, mas não resistiu. O corpo será levado ao Velório Salete, em Santana, na Zona Norte de São Paulo, e o sepultamento será feito no Cemitério Chora Menino, às 12h deste sábado (11). A idade de dona Mocinha sempre foi motivo de discussão entre estudiosos do cangaço. O documento de identidade da irmã de Lampião indica que ela nasceu em 8 de janeiro de 1906, portanto, ela teria completado 106 anos, mas ela sempre se recusou a afirmar que tivesse essa idade, alegando que não era por vaidade. Ela tem outro documento que aponta a data de nascimento em 11 de janeiro de 1910. Era por este documento que dona Mocinha costumava se identificar, de acordo com o neto Marcos Antonio Tavares, 53 anos. Ela vivia em um apartamen

O dia em que Lampião se apoderou de Rita Lee

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Cordel de Christian Carvalho Cruz, com ilustração de J. Borges (xilogravura especialmente para ilustrar os versos abaixo)* Veje homi seu menino Sente que vou lhe contar Do dia que baixou Virgulino Em um palco feito altar Na Rita que não é a santa Mas moça boa no falar Antes contudo todavia Um bocado acabrunhado Peço a bença dos poetas Que nessa arte têm mestrado Não riam aqui deste mané Um patavina do Assaré Pois aquele um, o Virgulino É o próprio Lampião Falecido no Sergipe Sítio deste dramalhão E Rita é a Lee a negra ovelha Nossa mais digna pentelha Foi na Barra dos Coqueiros Sua cantoria derradeira Armou-se grande festa Pro adeus de uma roqueira Agora não venham os dotô Com essa chata choradeira Vocês conhecem essa cara Essa fala, esse cheiro Portanto se desespantem Com os modos de carroceiro Ela ficou só pouco mais fula Com o espírito do cangaceiro Quando a dita assombração Empreendeu sua manobra Ocupando

História misteriosa do Homem da Meia-Noite comemora 80 anos

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O mês do Carnaval 2012 já começou com comemoração no Sítio Histórico de Olinda. A figura mística do Homem da Meia-Noite, importante bloco carnavalesco da cidade, completa 80 anos de vida no dia 2 de fevereiro. Coincidência ou não, na mesma data em que se comemora o Dia de Iemanjá, a rainha do mar. A criação do clube, nascido no ano de 1932 após uma briga entre os intregrantes da tradicional troça carnavalesca O Cariri de Olinda, ainda conta com duas versões muito fortes. A primeira afirma que um dos fundadores, Luciano Anacleto de Queiroz, apaixonado por cinema, se encantou com o filme O Ladrão da Meia Noite. O enredo contava a história de um galante homem que saía de dentro de um relógio gigante para assaltar a população de uma cidade. Já a segunda história é ainda mais folclórica. Conta-se que um dos criadores do clube, o carpinteiro e músico Benedito Bernardino da Silva, sentava-se na calçada de sua casa para tocar instrumento de sopro. Todo santo dia via um elegante senhor, co

Filme "Os Últimos Cangaceiros" concorre a premiação internacional

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Os Últimos Cangaceiros, mais recente longa-metragem do cineasta cearense Wolney Oliveira, foi selecionado para mais duas mostras internacionais: o 27º Festival Internacional de Cinema em Guadalajara, México, que acontece de 2 a 10 de março e para a Mostra Panorama do 24º Cinélatino, do 24º Festival de Cinema Latino-americano de Toulouse, na França. O evento se realiza de 23 de março a 1º de abril. O filme já conta com três prêmios, entre eles o Terceiro Coral de Melhor Documentário do 33º Festival Internacional do Cinema Latino-americano, de Havana, e já tem distribuição garantida pela empresa Imovision, de São Paulo. Será lançado nacionalmente em outubro de 2012. FONTE: Coluna de Sonia Pinheiro do Jornal O Povo de 06/02/2012.

Viva Luiz: Gonzagão na primeira edição de Veja

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O cantor Luiz Gonzaga foi destaque na primeira edição da revista Veja, na seção Música, em 11 de setembro de 1968. Confira abaixo: GONZAGA, A VOLTA DO BAIÃO Luís Gonzaga: 2 milhões de discos vendidos. Os Beatles vão vender mais? "O baião tem um quê que as outras danças não têm." — "Baião", de Luís Gonzaga e Humberto Teixeira, 1945.  Luís Gonzaga deu uma gargalhada quando soube que os Beatles iam gravar "Asa Branca", baião feito por êle e Humberto Teixeira em 1948. "Agora é que eu quero ver se os Beatles vendem mesmo", comentou. "Minha gravação vendeu mais de 2 milhões de discos." Luís Gonzaga, 56 anos, fala grosso com sua voz nordestina, não porque os Beatles gravaram uma música sua, nem porque os jornais o trazem para as manchetes como papa de um culto de repente ressuscitado, o culto do baião. A segurança de Luís Gonzaga vem de que, com mais de 2 mil músicas gravadas, êle já perdeu até a conta dos milhões de discos vendidos até ho

Cordel na sala de aula

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Com o retorno das aulas, o blog Luz de Fifó indica uma obra interessante para professores e demais profissionais da área educacional, interessados em incluir a literatura de cordel na educação de crianças, jovens e adultos: Acorda Cordel na Sala de Aula - A Literatura Popular como ferramenta auxiliar na Educação, de Arievaldo Viana (2º edição, 2011). Nesta obra, o autor aborda a origem da literatura de cordel, seu desenvolvimento no Brasil, as regras básicas e até como se constrói uma poesia cordelista. Bastante didático e acessível, o livro ainda traz textos sobre importantes cordelistas brasileiros, como Leandro Gomes de Barros, trechos de alguns cordéis, ilustrações com fotos, desenhos e xilogravuras, e, principalmente, ajuda a tornar o cordel uma ferramenta pedagógica, contribuindo, sobretudo, com a revitalização deste gênero literário. Segundo Viana há várias maneiras para se trabalhar o Cordel em sala de aula. Ele propõe que, inicialmente, a melhor forma é ler um folheto

Antologia de Cordel

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Por Marco Haurélio*  Acaba de ser lançada a Antologia do Cordel Brasileiro (Global Editora), a mais abrangente do gênero, por reunir autores de várias gerações, incluindo a atual, quase sempre esquecida pelos compendiadores. A iniciativa foi possível com o apoio da Editora Luzeiro, dirigida por Gregório Nicoló, detentora dos direitos de oito dos dezesseis títulos que integram a obra. Abaixo parte da apresentação feita para o livro: A literatura de cordel brasileira, desde os fins do século XIX, vem apresentando uma vasta produção com títulos de excepcional qualidade, é um formidável legado do Nordeste à cultura nacional. Não bastassem os grandes autores, os romances consagrados pela predileção popular e o interesse de estudiosos e artistas de outras searas, o romanceiro nordestino surpreende, não pelo que já foi catalogado ou debatido, mas, principalmente, pelo que ainda pode oferecer. É o que prova esta antologia em que o espaço de mais de um século separa o primeiro título sele

Aos 98 anos, morre a ex-cangaceira Aristéia Soares

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Aristéia Soares (1913-2012) A ex-cangaceira Aristéia Soares de Lima, 98 anos, morreu na tarde do último dia 28 de janeiro no Hospital Nair Alves de Sousa, em Paulo Afonso (BA). Ela estava internada desde o dia 23, com complicações estomacais. Ela vivia em Delmiro Gouveia (AL) com os filhos. O corpo foi sepultado no Capiá da Igrejinha, em Canapi (AL), no domingo (29). Aristéia era uma das últimas remanescentes do cangaço e lutou pelo grupo do cangaceiro Moreno, comandado por Lampião. Em 2008, o G1 fez uma matéria com Aristéia, confira aqui . Aristéia gostava de contar histórias sobre a amizade que viveu ao lado de Durvalina Gomes de Sá, conhecida como Durvinha, que morreu em junho de 2008 em Minas Gerais e, por isso, participou do documentário "Os Últimos Cangaceiros", lançado no ano passado sobre a amiga e o marido Moreno. Mesmo debilitada, ela fez questão de prestigiar o lançamento do filme , ocorrido em junho no Festival de Cinema do Ceará. Em Canapí, toda a popul