19 de novembro: dia do cordelista



O dia do cordelista foi criado em 2005 em Pernambuco, por uma lei estadual, cuja autoria foi do deputado Antônio Moraes. A data escolhida foi uma homenagem ao grande cordelista Leandro Gomes de Barros, nascido no dia 19 de novembro de 1865. Leandro é considerado por muitos o maior cordelista brasileiro e figura entre os principais poetas brasileiros do século XIX.

<<<Saiba quem foi Leandro Gomes de Barros>>>

Na época dos povos conquistadores greco-romanos, fenícios, cartagineses, saxões, etc, a literatura de cordel já existia, tendo chegado à Península Ibérica (Portugal e Espanha) por volta do século XVI. Na Península a literatura de cordel tinha os nomes de "pliegos sueltos" (Espanha) e "folhas soltas" ou "volantes" (Portugal).

De Portugal, a literatura de cordel chegou no balaio e no coração dos nossos colonizadores, instalando-se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou para os demais estados do Nordeste, sendo conhecido por aqui como ROMANCES.

Poetas populares, como Apolônio Alves dos Santos, diziam que a denominação LITERATURA DE CORDEL só apareceu na década de 1970, com as pesquisas de Raymond Cantel. Manoel Monteiro, poeta de Campina Grande, diz que foi o francês o primeiro a dizer que os folhetos de feira eram pendurados em barbantes e cordas. Na realidade, a literatura popular em versos (ou, o folheto), inicialmente, era vendida no chão, espalhados sobre lonas e carregados em malas.

O cordel, ao longo de sua história, passou por transformações. Se antigamente era praticado principalmente pelo homem da zona rural, com uma prevalência maior de temas ligados a área, como o cangaço, a pecuária e a agricultura, hoje o gênero passou por um processo de urbanização, onde profissionais dos mais variados incorporam temas de suas vivências a essa criação poética.

Para o colecionador de cordéis, Antonio Andrade, idealizador deste blog e difusor dos romances, o cordel "é a maior expressão da alma nordestina".

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