Dominguinhos em documentário

Dominguinhos se apresenta hoje, 25, em Jequié (na praça).
Setenta anos de vida do músico estão registrados no documentário ‘Dominguinhos, Volta e Meia’, de Felipe Briso - Agência BOM DIA

Dominguinhos se lembra com orgulho da primeira sanfona que ganhou de Luiz Gonzaga, quando tinha 13 anos. “Comecei a tocar por causa desse presente. Gonzaga foi um pai para mim e me ajudou muito nessa longa caminhada”, contou ao BOM DIA, em uma das pausas das gravações para o documentário “Dominguinhos, Volta e Meia”, dirigido por Felipe Briso. A produção começou no aniversário de 70 anos do músico, em 12 de fevereiro de 2011, e vai terminar na festa de 71, em 2012.

Segundo Briso, o filme quer revelar um Dominguinhos que o Brasil precisa conhecer. “Ele é um dos maiores instrumentistas do mundo e vai além da música regional, sanfona, baião e forró”. O diretor diz ainda que o sertão provocou em Dominguinhos a universalidade musical.

Com idealização de Mariana Aydar, Duani Martins e Eduardo Nazarian, a trajetória artística do sanfoneiro será retratada nas telas por meio de compromissos pessoais e encontros com músicos que representaram importantes passagens de sua vida, como Hermeto Pascoal, João Donato, Gilberto Gil e Lenine. “Hermeto representa a primeira infância de Dominguinhos, que aprendeu a tocar sozinho quando vivia no sertão de Pernambuco”, explicou o diretor.

Conforme ele, João Donato marca a profissionalização, quando Dominguinhos se mudou para o Rio de Janeiro e começou a tocar em bailes e rádios. “No Rio, ele aprimorou seu talento, enquanto passeava por diversos ritmos”, disse. Já Gilberto Gil é a fase do reconhecimento da originalidade de Dominguinhos, na época da Tropicália, e Lenine é a era contemporânea, em que o músico intensificou a mistura de elementos em suas criações.

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