‘Os Últimos Cangaceiros’ tem recepção calorosa no Cine Ceará

A ex-cangaceira Aristela Soares assistiu
ao filme no Festival (Foto: Rogerio Resende)
CONSIDERADO ‘OBRA PRIMA’ POR LUIS CARLOS BARRETO, FILME DE WOLNEY OLIVEIRA FOI EXIBIDO FORA DA COMPETITIVA, QUE SERÁ RETOMADA NESTE SÁBADO COM DOIS LONGAS

Foi exibido, na noite desta sexta-feira, 10, no 21º Cine Ceará, o documentário do diretor executivo do festival, Wolney Oliveira, “Os Últimos Cangaceiros”. O cineasta subiu ao palco acompanhado de grande parte da equipe do filme e de Lili e Inácio, filhos dos cangaceiros Durvinha e Moreno, que emocionaram a platéia ao falar de quando se conheceram, já adultos.

Durante mais de meio século, os ex-cangaceiros do bando de Lampião Durvinha e Moreno esconderam sua verdadeira identidade até dos próprios filhos, que cresceram acreditando que os pais se chamavam Jovina Maria da Conceição e José Antonio Souto. Após a morte de Lampião, os dois percorreram mais de mil quilômetros a pé, por cerca de 90 dias, até chegar a Montes Claros (MG), onde fixaram residência. A verdade sobre suas identidades só é revelada quando Moreno, então com 95 anos, resolveu dividir com os filhos o peso das lembranças e reencontrar parentes vivos, entre eles seu primeiro filho, Inácio. É esse o universo retratado por “Os Últimos Cangaceiros”. Durvinha morreu em 2008 e Moreno, no ano passado.

Mesmo se tratando de uma história familiar sofrida, o filme tem uma abordagem descontraída, que fez a plateia rir em vários momentos, com as histórias dos cangaceiros. O produtor e cineasta Luiz Carlos Barreto, presente à exibição, definiu o longa como “um filme arqueológico do cangaço”. “Os personagens me lembraram o mordomo do último (documentário) do João Moreira Salles (Santiago, 2006), só que com senso de humor. O filme do Wolney é dos cinco melhores documentários que já vi. Uma obra prima”, elogiou Luiz Carlos Barreto, o Barretão.

Do blog do Cine Ceará
Confira matéria da Agência Estado.
Foto: Divulgação

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