Quem foi Raymond Cantel?
Raymond Cantel em xilogravura de J. Barros |
Poetas populares, como Apolônio Alves dos Santos, diziam que a denominação LITERATURA DE CORDEL só apareceu na década de 1970, com as pesquisas de Raymond Cantel. Manoel Monteiro, poeta de Campina Grande, diz que foi o francês o primeiro a dizer que os folhetos de feira eram pendurados em barbantes e cordas. Na realidade, a literatura popular em versos (ou, o folheto), inicialmente, era vendida no chão, espalhados sobre lonas.
Hoje, na Maison dês Sciences de I’Homme et de La Sociéte (Universidade de Poitiers), o Centre de Recherches Latino-Américaines trabalha com vários acervos, um deles é o Acervo Raymond Cantel de Literatura de Cordel, o maior da Europa.
DENOMINAÇÃO - Esse tipo de literatura chegou à América Latina através dos colonizadores portugueses e espanhóis. No Brasil, os folhetos surgiram por volta de 1890, inicialmente, nas feiras nordestinas. Em Portugal, eram chamados de Folhas Soltas (ou Folhas Volantes); na Espanha, “Pliegos Sueltos”; e na França, “Littérature de Colportage”; no México e Peru eram conhecidas como “corrido” e na Argentina, “hojas”. Por aqui passou a se chamar Literatura popular em versos ou folhetos de feira. É considerado folheto o de 8 a 16 páginas e, a partir de 24, é chamado de romance.
Informações de artigo de Manuela Fonseca Santos - publicado na Revista de Estudios Iberoamericanos, n. 2, de Junho de 2005.
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